e ao que parece existe aí uma maltinha convencida que sou madeirense, acham que vim para o continente bastante cedo daí o sotaque ter desaparecido não!?
freak: O N.P. mandou outra vez sms a perguntar se eu vinha à semana académica j: ah mãe, ele tá ali, ja o vi. vai la (risos) freak: não vou nada, ele vai actuar na tuna agora. eu disse-lhe que hoje so vinha cá um bocadinho, e ele disse que também tem de trabalhar na porta hoje, mas quarta vai para o bar. assim, cravo-lhe umas imperiais e digo-lhe que para a semana vou então beber o tal cafe com ele... j: e vais mesmo? freak: achas? j: es mesmo fodidaaaaaa
Eu sou uma daquelas pessoas que não percebe muito de política mas gosta de opinar porque sempre tive a mania que não era futil como maior parte do pessoal da minha idade.
Assim sendo, quando o Sócrates se demitiu eu não andei aí toda contente a gritar 'O Governo caiu', porque eu acredito piamente que isto só vai piorar ainda mais a nossa situação e qualquer dia andamos aí estilo Gregos a destruir a nossa capital. Eu não percebo muito do assunto, mas tenho certeza que para melhorarmos ainda temos de piorar mais, e esse mais quando chegar não vai ser bonito de se ver.
Eu teria exaltado gritos de intervenção se eu acreditasse que estamos em condições de mudar o nosso PM para melhor, mas nós não temos essas condições, também porque acredito que neste momento não existe ninguém que tenha os tom*tes para conseguir tomar decisões que nos levem a bom porto. Com a minha pouca sabedoria da matéria, da única vez que o meu bilhete de identidade me permitiu ir votar, optei pela esquerda mas tenho noção que não estamos prontos para que eles assumam o comando deste fado.
Nos finais de Maio, inicios de Julho vamos decidir quem vai para o poder, e ou muito me engano ou o povo vai optar por continuar com quem já lhe é familiar, devido àquele sentimento de nostalgia tão tipico do português.
Resta agora aguardar e ver se não andamos a 'Passos de Coelho' ...
A minha família não é de todo uma peça única. Não falo da minha família nuclear, falo da família toda.
Os meus pais são de terrinhas diferentes e têm históricos familiares diferentes. O pai, cresceu sem dificuldades financeiras, cresceu numa boa casa, teve acesso aos estudos e não os completou por opção pessoal. Vizinhos da casa onde o pai cresceu, onde hoje vivem os meus avós e os tios, são alguns primos. Os meus avós e tios ainda hoje mantêm uma boa relação com eles, ao contrário de mim, conheço-os desde pequena mas nunca fomos chegados, uma dessas primas é minha madrinha, mas verdade seja dita, é como se não fosse. O resto da família paterna anda por lisboa e arredores, como é o caso do meu primo Jones, neto da minha Tia O, que por terem uma casa de férias na minha terra, damo-nos desde sempre e gosto deles. O primo Jones, mais novo que eu dois anos é o único dos meus primos que posso considerar um amigo, por ser o unico com quem mantenho uma relação e por termos passado bastantes verões juntos.
A minha mãe teve uma infância mais complicada, os meus avós maternos tinham dificuldades económicas e a mãe teve de sair da escola para puder ajudar a sustentar a família. O unico irmão da minha mãe, que tem dois filhos, fez o favor de ser um merdas quando os meus avós morreram e a velha historia da divisão de heranças veio estragar os laços familiares para esses lados. Assim, apesar de quando os vejo cumprimentar, com a família da minha mãe não mantenho qualquer tipo de contacto.
Resumindo, excluindo os meus pais, irmão, avós paternos, os meus dois tios paternos, o meu primo Jones e a sua familia nuclear, eu não me dou com mais ninguém da minha 'familia' que se poderia considerar bastante grande.
Faz confusão às pessoas quando lhes digo que a minha familia é pequena, e começam as perguntas sobre os tios, e os filhos dos tios, e os "irmaos dos avos nao tiveram filhos que tiveram filhos ficando tu com primos?!". Sim, essa gente existe toda. Mas não são familia no verdadeiro sentido da palavra e tudo o que ela acarreta.
E é por isso que este fim-de-semana me chateei com a minha avó, que queria que eu convidasse a minha madrinha para a MINHA Benção. Uma pessoa que vejo umas duas vezes ao ano e a conversa dura uns dois minutos de assunto trivial e fica-se por ali.
Não dou uma importância por aí além a este dia, mas é um dia que é meu, e que eu tenho o direito de escolher quem quero comigo, e eu quero a minha familia no verdadeiro sentido da palavra e tudo o que ela acarreta.